terça-feira, 6 de março de 2007

Revistas e suas listas: uma homenagem que não poderia ficar fora (da lista)

Quem é leitor assíduo de alguma revista, seja qual for o segmento, deve estar acostumado com as famosas “listas”. São os livros mais vendidos de todos os tempos, as comidas mais saudáveis, as roupas que você deve usar na próxima estação... E por ai afora. Enfim, uma infinidade de coisas que esses periódicos lançam, para que o leitor não se sinta de fora do círculo do consumismo.

Não muito diferente da realidade descrita acima, a revista SHOWBIZZ, especializada em música, também lançou alguns encartes de listas em suas edições. Em setembro de 1998, intitulada como “DISCOTECA BÁSICA 100 CD’s QUE VOCE PRECISA TER EM SUA COLEÇÃO (volume 1)”, a BIZZ disponibilizou os 50 primeiros da “lista” de álbuns musicais que não poderiam faltar na coleção de quem gosta de Rock’n’Roll.




O repertório começou bem. Os dois primeiros apontados eram, respectivamente, Beatles com Sgt.Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967), seguido de Davis Bowie com Low (1977). Num salto mais adiante, quase no fim da lista (n.º 47), nos deparamos com o The Who Sell Out, do The Who. Tudo o que foi dito até agora é só para chamar a atenção na presença mod das bandas citadas. No entanto, o destaque é para o Who, a mais expressiva no quesito mod do termo. Para aqueles que não são leitores da revista, ou perderam a edição 158, que trazia o volume especial encartado, aqui vai a reprodução do comentário sobre o álbum do The Who.





THE WHO
The Who Sell Out (1967)

Foi no auge do movimento mod, que dominou parte da juventude britânica nos anos 60, que o The Who, então The High Numbers, foi descoberto. Pete Towshend deixava um rastro de guitarras destruídas, assim como Keith Moon demolia sua bateria após cada show. O complemento ideal era garantido pela técnica do baixista John Entwistle e pelo carisma de Roger Daltrey. Dois álbuns depois, o Who preparou o terceiro disco, com a preocupação de conceitual de abordar o relacionamento entre música, consumismo e os meios de comunicação. O resultado foi The Who Sell Out.ficava claro que Townshend direcionava o Whho para outras aventuras sonoras. Canções como “Tattoo”. “I Can See For Miles” ou a etérea “Our Love Was, Is” mostravam uma natural expansão da musicalidade do grupo, sem nunca perder o contato com as suas raízes.
(SOHOWBIZZ, Ed. 158, setembro, 1998)

sexta-feira, 2 de março de 2007

Existem Mods em Santa Maria?

Esta pergunta não chega a ser uma pesquisa quantitativa para medir índices de influências européias na cidade.



A situação é bem mais simples: tendo em vista a temperatura em Santa Maria, nada londrina, cerca de 36º, fico pensando como seria a vida de uma pessoa que tem como "lema" se manter elegante nas piores circunstâncias possíveis. Pois é, Santa Maria tem sido um desafio para qualquer um, imagine um Mod vivendo aqui?


Para se ter idéia, do quão penoso seria a vida de um Mod em Santa Maria, é preciso coonhecer a indumentária mod. Ternos e sapatos não dão muito certo com calorões, talvez seja por isso que eles sejam raridade por aqui. Mesmo assim, vale a pena ver como se vestiam alguns ícones elegantes do movimento Mod (lá na Inglaterra!).



The Small Faces foi uma banda britânica de rock'n' roll dos anos 60,
liderada por Steve Marriot e Ronnie Lane com Kenny
Jones e o pianista Jimmy Winston. Eles eram genuínos mods, sofisticados, porém só com clima europeu mesmo para sobreviverem fiéis ao estilo.





Esta relação, na verdade, uma brincadeira, bem humorada sobre o calor de Santa Maria e o consequente sofrimento dos mods por aqui, serve para que se possa pensar por que certos estilos musicais ou comportamentais se desenvolvem mais em certos lugares e menos em outros.


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